quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Safra de grãos deve crescer 5%, estima Conab

A recuperação da produtividade no campo e a estabilidade do tempo prevista para o período de semeadura das lavouras, que ocorre até dezembro nos estados do Centro-Sul, maior região produtora do país, devem levar a um aumento de 3% a 5% no volume colhido na safra de grãos 2009/2010. De acordo com os números divulgados hoje (5) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra total ficará entre 139,04 milhões e 141,69 milhões de toneladas.
O grande destaque até agora vem sendo a opção dos produtores pelo plantio de soja, que pode levar a uma colheita de até 63,6 milhões de toneladas, número recorde para esta cultura. Esse resultado superaria em 11,4% o obtido na safra passada. Boa parte desse incremento se deve a agricultores que plantavam milho e, com os baixos preços do cereal no mercado, estão migrando para o cultivo da oleaginosa.
A área plantada, segundo o levantamento da Conab, deve se manter estável, variando de 47,44 milhões a 48,18 milhões de hectares, o que pode representar desde uma redução de 0,5% a um aumento de 1,1% em relação ao ciclo anterior.
Os números apresentados pela Conab são baseados em pesquisa realizada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste com produtores, agrônomos, cooperativas rurais, secretarias estaduais de Agricultura, órgãos de assistência técnica e agentes financeiros. Onde o plantio ainda não teve início, como no Nordeste, foram mantidas a produtividade dos últimos cinco anos e a área da safra 2008/2009.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Grupo Balbo adere ao Protocolo Agroambiental

O Grupo Balbo, na região de Ribeirão Preto, aderiu ao Protocolo Agroambiental do Estado de São Paulo, com suas usinas São Francisco e Santo Antônio, localizadas em Sertãozinho, a 345 quilômetros da capital paulista. Com a assinatura do protocolo as usinas se comprometem a adotar medidas para proteger o meio ambiente. A ação é parte do projeto ambiental estratégico Etanol Verde da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA. A redução da queima da palha, a recuperação de áreas ciliares, a economia de recursos como água e energia, são itens que formam o Protocolo. Uma parceria do Governo do Estado, por meio das Secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura, e a Única - União da Indústria Sucroalcooleira.
O Protocolo visa promover as boas práticas do setor sucroalcooleiro por meio de um certificado de conformidade. O Grupo Balbo há 20 anos já vem adotando essas medidas, por exemplo, suas usinas aboliram a utilização de agrotóxicos e a queima da cana. Há catorze anos, as usinas Santo Antônio e São Francisco consomem energia elétrica gerada nas próprias unidades, a partir do bagaço de cana, sendo auto-suficientes. A organização também produz cerca de 90 mil espécies arbóreas nativas brasileiras por ano, usadas para recuperar as matas ciliares da região.

Protocolo Agroambiental

Pelo menos 90% das usinas paulistas já aderiram ao Protocolo. São 154 unidades, além de 26 associações de fornecedores de cana, que representam 5.487 filiados. Com o Protocolo, o setor recuperará 243.202 hectares de matas ciliares.

Maiores cidades brasileiras tem um carro para cada dois habitantes


Veja o quadro de cidades clicando no link do título desta matéria


Em 15 das maiores cidades brasileiras, a quantidade de veículos corresponde a pelo menos metade da população, ou seja, um carro para cada dois habitantes, segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento foi feito em todas as capitais e nas cidades com mais de 400 mil habitantes - ao todo são 58 municípios. A reportagem utilizou os dados mais recentes da frota nacional (referentes a maio de 2009) e da estimativa populacional do IBGE (realizada neste ano).
Quatro cidades têm um veículo para cada 1,6 habitante: Curitiba (PR), Goiânia (GO), Ribeirão Preto e São José do Rio Preto (SP).
Florianópolis (SC), Campinas e Santo André (SP) têm um veículo para cada 1,7 habitante. A capital paulista tem um para cada 1,8 habitante.
Caxias do Sul (RS), Santos, São Bernardo do Campo (SP) e Londrina (PR) tem um veículo para cada 1,9 habitante. Joinvile (SC), Palmas (TO) e Sorocaba (SP) têm exatamente um veículo para cada dois moradores.
As capitais Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS), por exemplo, registram um veículo para pouco mais de dois habitantes. Veja tabela abaixo com os dados de todas as cidades maiores de 400 mil habitantes - as capitais estão em negrito.

Sapo se livra de virar comida de cobra

O australiano Norbert Dirie filmou a fuga incrível (veja vídeo) de um sapo em sua propriedade em Kelso, na Austrália. Após ser capturado, o anfíbio conseguiu escapar de virar refeição de uma cobra, segundo reportagem do jornal "Townsville Bulletin".
Dirie estava limpando sua casa quando ouviu o coaxar de um sapo. Mas não era um barulho comum, já que o ruído é bastante comum em torno de sua casa. Imediatamente, ele soube que era o coaxar de um bicho angustiado, em apuros.
Quando se aproximou, Dirie encontrou uma cobra tentando devorar o anfíbio. No entanto, quando parecia que o réptil já tinha garantido o almoço, o sapo conseguiu se soltar das presas da cobra e saltou rapidamente no quintal, desaparecendo na vegetação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Governo adia decisão sobre redução de gases do efeito estufa

O governo adiou para o dia 14 de novembro a definição da proposta que o Brasil vai levar para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague. O governo quer mais tempo para detalhar as medidas que serão tomadas por setores como agricultura e siderurgia para redução de emissões nacionais de gases de efeito estufa. Até o momento, a única proposta consensual é a redução de 80% do desmatamento da Amazônia até 2020.
Pelos cálculos do governo, com a redução do desmatamento da Amazônia, o Brasil deixaria de emitir cerca de 580 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. ”É igual a todo o esforço americano se a lei deles passar no Senado”, comparou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O controle do desmatamento nesse patamar seria suficiente para baixar os níveis de emissões nacionais em cerca de 20%. Para chegar ao número final, o governo vai calcular qual será a redução possível em outros setores. A soma das outras medidas deve ficar entre 17% e 20%.
“Vamos tomar medidas nas áreas de energia, agropecuária, siderurgia e desmatamento em outros biomas”, listou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Com a soma de esforços vamos chegar a um número significativo. O Brasil está disposto ao maior esforço possível para que a reunião de Copenhague seja bem sucedida”, acrescentou.
Dilma afirmou que a proposta que será anunciada em alguns dias não necessariamente trará os números de redução de emissões em cada setor. “Serão linhas gerais. Não vamos apresentar os números, vamos apresentar as medidas. Até porque estamos fazendo de forma voluntária, porque achamos que é importante que o Brasil preserve suas características de país sustentável.”
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, não descarta o número proposto por sua pasta, de redução de 40% das emissões até 2020, considerando crescimento econômico de 4% ao ano. “Nada está descartado nem definido.”
Segundo Minc, na reunião de hoje foram apresentadas opções considerando cenários de crescimento da economia de 5% e 6% ao ano, a pedido da ministra Dilma.
Minc adiantou que a contribuição da agricultura será fundamental, com ações de manejo, plantio direto e recuperação de áreas degradadas. “A agricultura brasileira dará uma grande contribuição”, disse.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, participou da reunião mas deixou o encontro sem falar com a imprensa.
Parte das ações de mitigação do governo brasileiro vai depender de recursos internacionais, alguns setores menos, como a agricultura, e outros mais, como o combate ao desmatamento da Amazônia. O financiamento é justamente um dos pontos que andam travando a negociação do novo acordo climático global.
De acordo com o ministro Celso Amorim, o Banco Mundial estima que sejam necessários pelo menos US$ 400 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento enfrentem as mudanças climáticas. Até agora, a única proposta na mesa, da União Europeia, fala em recursos na ordem de US$ 140 bilhões.

Fonte: Agência Brasil

Empresas florestais do Pará vão adotar modelo digital de exploração

Visando aprimorar técnicas de manejo de recursos madeireiros, engenheiros florestais das empresas Cikel Brasil Verde e Juruá Florestal, professores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e técnicos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará estão se preparando para implantar o Modelo Digital de Exploração Florestal. Eles participam de capacitação oferecida pela Embrapa Acre (Rio Branco), no período de 19 a 24 de outubro, na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA).
Desenvolvido pela Embrapa Acre e Embrapa Florestas (Colombo/PR), Unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Modeflora utiliza diversas tecnologias digitais para mapear a floresta e gerar informações que facilitam o planejamento, a execução e o monitoramento da atividade de manejo florestal, proporcionando menores custos para o produtor e menor impacto para o meio ambiente.
Para disseminar a tecnologia, a Embrapa Acre vem capacitando profissionais que atuam junto a empresas madeireiras, instituições de pesquisa e ensino e órgãos de controle ambiental das diversas regiões do país. O curso faz parte das ações do projeto Manejo Florestal na Amazônia, que tem entre suas metas preparar os estados amazônicos para adoção do manejo florestal digital como forma de garantir a atividade dentro de critérios legais e a sobrevivência da floresta. Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Evandro Orfanó, instrutor da capacitação, até final de 2010 o sistema será implementado em todos os estados da Amazônia.

Impacto reduzido

A Cikel Brasil Verde e a Juruá Florestal estão entre as principais empresas que atuam na produção florestal e beneficiamento de madeiras no Estado do Pará. Elas administram mais de 500 mil hectares de floresta e exportam madeira beneficiada e certificada para diversos países.
Evandro Ferreira, engenheiro florestal da Cikel, apesar de dispor de técnicas e equipamentos que facilitam o manejo dos recursos florestais, a empresa vem buscando alternativas mais sustentáveis. "Queremos melhorar nossa atuação na floresta e o Modeflora é um passo à frente neste processo. A grande vantagem do sistema é a precisão nas informações e a capacidade de armazenamento de dados. Isto evita erros de avaliação e minimiza riscos", diz.
O sistema está sendo testado na empresa e no ano que vem a execução do plano de manejo, envolvendo cerca de 13.700 hectares, será inteiramente com base nesta tecnologia. De acordo com Orfanó, embora algumas empresas já pratiquem uma exploração planejada é possível tornar a atividade mais eficaz. "Além de reduzir o impacto sobre o meio ambiente, o modelo digital torna o trabalho de campo mais ágil e seguro, proporcionando economia de tempo e de recursos humanos e financeiros", explica.

Novo cenário

Obrigatório no Brasil desde a década de 60, com a criação do Código Florestal Brasileiro (Lei 4.771/65), o manejo florestal é indicativo de sustentabilidade. A exploração de recursos madeireiros na Amazônia é permitida por meio de planos de manejo autorizados por órgãos governamentais ligados ao controle ambiental.
Conforme Orfanó, o modelo digital também auxilia o trabalho de fiscalização do cumprimento dos planos de manejo. O mapeamento e rastreamento das operações de campo tornam a atividade madeireira mais transparente e facilitam o seu monitoramento.
A consciência sobre a necessidade de manejar adequadamente os recursos florestais vem crescendo em diversos países e as práticas que permitem conciliar uso da floresta com preservação ambiental são cada vez mais procuradas. O manejo tradicional, caracterizado pela falta de planejamento, informações pouco confiáveis, severos danos à floresta e desperdício de matéria-prima virou sinônimo de insegurança na atividade.
Os projetos de manejo florestal sustentável e a produção de madeira certificada são indicadores de uma atividade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta.
É com foco neste tripé de sustentabilidade que a Universidade da Amazônia (Unama) vem preparando os futuros profissionais que vão atuar no setor florestal da região. A professora Gracialda Costa Ferreira, coordenadora do curso de Engenharia Florestal da instituição, participada da capacitação e diz que a transferência de conhecimentos que tornem viável a atividade florestal em seus múltiplos aspectos é fundamental para essa nova força de trabalho. Ela acredita que o modelo digital de exploração vai facilitar esse aprendizado tanto em termos teóricos como práticos.
Segundo a professora, o uso de tecnologias sustentáveis sugere um novo cenário na atividade florestal do País. No caso do Modeflora, além de contribuir para a disseminação de uma nova concepção sobre o manejo dos recursos florestais madeireiros, a ferramenta também vai suprir a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a biodiversidade da região. "Sabemos que a Amazônia é muito rica em recursos naturais, mas não conhecemos a dimensão desta riqueza. Com o rastreamento digital podemos aprimorar os levantamentos das espécies animais e florestais existentes nas áreas de manejo", conclui.

Ong divulga lista de animais em extinção no planeta


O sapo está no grupo dos mais ameaçados de extinção

Os anfíbios formam o grupo mais ameaçado de extinção, segundo um relatório de biodiversidade da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira. A ONG analisou 47,6 mil espécies que integram a Lista Vermelha da organização e afirmou que quase 18 mil correm sério risco de extinção - entre eles 21% de mamíferos, 30% de anfíbios, 12% dos pássaros, 28% dos répteis e 37% dos peixes.
Entre os anfíbios, das 6,2 mil espécies que integram a lista, cerca de 1,9 mil estariam em perigo de extinção. Destes, 39 já estariam extintos ou extintos no habitat natural e quase 500 estariam "seriamente ameaçados". "A prova científica de uma crise séria de extinção está se acumulando", disse Jane Smart, diretora da IUCN. Segundo ela, a análise recente mostra que a meta de biodiversidade para 2010 não será cumprida.

Lista

A Lista Vermelha é considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado das espécies que habitam o planeta. Além dos anfíbios, apontados neste ano como o grupo mais ameaçado, o documento sugere ainda que entre os mamíferos, a situação também é preocupante.
Do cerca de 5,5 mil mamíferos presentes na Lista, 79 estariam extintos ou extintos no habitat natural e 188 estariam "seriamente ameaçados". Entre os répteis, dos 1,6 animais listados, 22 já estão extintos e cerca de 460 estariam ameaçados. "Já chegou a hora dos governos começarem a agir com seriedade para salvar as espécies e garantir que isso estará no topo das prioridades porque estamos ficando sem tempo", disse Smart.

"Na nossa vida, nós mudamos de nos preocuparmos com um número relativamente pequeno de espécies seriamente ameaças para o colapso de ecossistemas inteiros", disse Jonathan Baillie, diretor dos programas de conservação da Zoological Society, de Londres. "Em que ponto a sociedade vai realmente responder a essa crise crescente?", disse.